sábado, 13 de junho de 2009

Vivência Singular!!!!

Chegamos, sentamos em circulo, conversamos sobre tudo o que estudamos até agora, fiz uma espécie e remember de tudo, tudo o que já expliquei, tudo o que eles já anotaram no caderno de teatro, dicas, forma de falar bem um texto, impostação da voz, volume, foco, a importância da coxia, do proscênio, da ribalta, da triangulação, da postura, da segurança ao andar aliada a uma tranqüilidade fundamental, atenção ao improviso, o estar pronto, atento, disponível, em um estado de prontidão constante, atenção com variação de planos, as rubricas, a respiração correta que coloca o personagem num estado físico de acordo com a emoção/sensação proposta na trama, etc. Tudo isso, das 13h as 14h.

Não era à toa essa reflexão, é que às 14h, descemos ao teatro para assistir a peça Cidadão de Papel, da Cia. Os satyros, e a aula se baseou na análise desta peça, eles tinham que assistir e observar todos os detalhes já vividos sem ala de aula, uma experiência muito boa, afinal para a maioria era a primeira vez que assistiriam uma montagem teatral.

A peça, baseada no livro Cidadão de Papel de Gilberto Dimenstain, trata do tema cidadania.
importante e fundamental a todos nos, a eles nessa fase da vida, muito mais.

Era uma comédia, várias situações abordando o comportamento de pessoas comuns, que sempre de forma irônica se relacionavam com situações de cidadania, tendo sempre um personagem, o tal Zé Ruela, norteando cada situação.

Colocamos também em prática o exercício de ser um espectador, saber apreciar uma obra de teatro. Como se comportar dentro de uma sala de espetáculos? Como respeitar o profissional no palco? Não falar junto com os atores! Não gritar comentários em voz alta, com aquele comportamento vândalo que alguns jovens fazem quando não se tem consciência da importância desta presença numa platéia. A importância de se divertir enquanto platéia, deixar vir e manifestar todos os estados causados em você pelas situações da peça, risos, emoções, choro, seja ao que for.

Após a peça houve uma apreciação, um debate/bate-papo, com os atores da peça e a platéia, em torno das impressões sobre o que assistiram. Mais não houve muito êxito, como já era esperado; após tantos temas, dezenas de situações abordando falta de respeito ao próximo, preconceito, vandalismo, falta de higiene e egoísmos, e muito mais, a platéia queria saber da vida dos atores, da tv, da novela, pouco da situação dramática proposta na reflexão, lamentável, mais acho que os atores não conduziram a conversa a contendo, à estimular, à provocar uma reflexão de forma com que se manifestassem. Mais enfim.

Na sequência fomos para a sala de aula, e tivemos uma hora de conversa em torno das atenções que havia pedido a eles, foi muito bom, importante salientar que, pelo menos em termos do olhar direcionado para a observação, acho que atentaram a tudo que puderam dentro dos seus limites, isso fez com que crescessem, pois tiveram um olhar bem critico, perceberam as falas baixas, identificaram os estados e sensações de personagens variados, os acertos e erros, enfim, foi uma grande experiência, onde se exercitou um olhar crítico em torno da obra, possíveis futuros artistas de palco, tendo a oportunidade observar, assistir, criticar, questionar, tudo com um acompanhamento de um artista os orientando nesse olhar.
Vivência singular!

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