sábado, 30 de maio de 2009

Estados e sensações em cena!

A conversa no início da aula para revermos o que vivenciamos aula passada, foi boa, mais a memória parece ainda um pouco dispersa.... Mais refresco a memória deles.

Depois, uma reflexão da importância desta fase de experimento das sensações e estados emocionais, uma das etapas fundamentais num aprendizado de teatro, por isso fase longa, repetições, abordagens do tema de formas diferenciadas até esgotarmos o tema em um período necessário.








Alegria
E assim botamos corpo na conversa. Um aquecimento voltado para o tema, para agora revermos não só verbalmente mais sim na prática essas situações do nos colocarmos em situações de alegria, mágoa, arrogância, revolta, timidez, medo, carinho, paixão, tristeza, felicidade, grosseria, ódio, etc..







Arrogância
Partimos então para as cenas, situações dramáticas abordando os mesmos temas em questão, só que nesta aula, de forma diferente, eles experimentaram a passagem de um estado para o outro dentro de uma mesma situação dramática. E foi muito interessante, como a metodologia os apreendem, instigam, e os inserem de forma prática e estimulante no universo teatral de forma plena e sem grandes sofrimentos.
Tensão







No final do encontro, fizemos uma roda de avaliação da vivência da tarde, e dentro do que lhes é possível interagir verbalmente por uma reflexão do que os tocou, tudo foi muito, como poderia dizer....
Medo

Alegre, tímido, carinhoso, medroso, feliz etc e tal...

Para o encontro da próxima semana, pedi que tragam uma frase de no mínimo 2 linhas e no máximo 5, de uma peça teatral ou um romance, com identificação do autor/dramaturgo e título da obra, para exercitarmos a matéria em questão em torno de citações de uma obra pronta, e não mais de improvisações. Nova fase, mas isso é matéria para o encontro seguinte e para o outro blog.
Paixão
Nossa reunião artístico pedagógica desta semana foi muito produtiva:

· Definimos as novas formas quanto a assinatura de ponto.

· Avaliamos a reunião de pais ocorrida em 23/05 e cabe salientar as transformações relatadas pelos alunos e pais e também percebida pelo arte-educadores em sala de aula; as satisfações e reações emocionadas quanto aos
depoimentos feitos pessoalmente por ex-alunos de artes(teatro) e dos atuais alunos do PIA registrados em sala de aula; o quanto foi proveitosa a abordagem do assunto reciclagem, suas ações e consciências.
Tristeza

· O entendimento dos pais quanto à qualidade e importância dos lanches. Falamos sobre a experiência do lance em comunhão, lanche colaborativo, “picnic”, pelo fato de em alguns casos alunos não terem lanches e assim, ajudam os outros na divisão, claro que tiveram casos de alunos comerem escondidos para não dividir. Essas ações aconteceram como proposta pedagógica, trabalharmos de maneira colaborativa. Na reunião de pais, enfatizamos essa
proposta, e após ela percebemos e que eles estavam trazendo mais lanches e com mais qualidade. Num dia, aconteceu um caso de um aluno ter apenas uma mixirica e a dividiu, dando um gomo para cada aluno, e assim os lanches estavam sendo usados para trabalharmos valores de cooperação.

Crueldade

· Tratamos também do assunto poluição sonora, tivemos numa aula, uma criança que reclamou do barulho, e realmente para nós está sendo muito mais difícil desenvolvermos um trabalho mais qualitativo, por falta de condições como revestimento acústico, por exemplo. Claro que não se trata somente de falta de condições estruturais, mais sofremos também com uma aparente falta de articulação interna, para nós é difícil de compreender o excesso de atividades simultâneas num espaço físico bem menor que o suficiente para tais ações. Contudo, as melhorias já realizadas pela coordenação de cultura como: aumento de salas, conserto de portas, revestimento do chão com lonas, em função de conforto e frio.

· Recebemos a nossa mais nova parceria, a arte-educadora de artes visuais, Sueli, e será feito esforços para montar as suas novas turmas, que foram definidas também na reunião.

· Discutimos e definimos que a prioridade em termos de urgência é a questão da estrutura do CEU, mais que dos lanches, no que se refere, a, poluição sonora, equipamentos como aparelhos de som, materiais para aulas como papel, tinta, lápis, canetas, massinhas, tesouras, piso e etc.

· Falamos das constantes solicitações de alunos quanto a freqüentarem as aulas mais que uma vez por semana, e discutimos a real importância disso, por vários motivos, entre eles o fortalecimento do vinculo dele com o programa, com o arte-educador, a turma e criação e a aplicabilidade dos conteúdos adquiridos.
· Falamos também de articularmos ações práticas junto aos pais num futuro breve, afim de criar uma maior consciência prática das ações desenvolvidas com seus filhos e estreitar as relações com os mesmo de forma além das reuniões.

Régis Santos

domingo, 24 de maio de 2009

Possuir uma Arte! Se devotar ao teatro! Concentração como chave!

Um verdadeiro diálogo traçado a partir da obra de Richard Boleslavski, “A Arte do Ator”, assim nossa aula de quarta-feira a tarde se deu, em clima de muita leitura, conversa, troca de impressões e pontuações de circunstâncias análogas as que já vivemos, e só quem vive a experiência da prática em sala de aula e em um teatro cheio de sensações transformadas em vivências é quem pode se envolver. Tudo isso falando em Arte, Teatro e concentração!

Na sequência tivemos um trabalho mais evoluído em relação ao exercício da cena, de forma bem prática, criamos cenas de situações diversas, divididas em grupos diferentes, onde pudemos explorar as sensações e estados emocionais em circunstâncias dramáticas em interessantes.

Dividimos a sala em grupos e o resultado foi muito interessante, vivenciamos através de cenas que ocorreram em virtude de situações pré-estabelicadas, sempre apoiadas nos estados e sensações. O que focou mais e mais as questões trabalhadas já a algumas aulas.

A aula toda foi uma experiência interessante e com muita conversa, o intuito era fixar mais e mais o entendimento necessário do conhecimento de nós mesmos e o quanto é importante reconhecermos em nossas vidas e nos seres que nos rodeiam esses estados tão variados de emoções e sensações, mais do que reconhecer e saber diferenciar aqueles que são tão similares.

Ao término trocamos muitos sobre a experiência vivenciada e foi notória também a percepção das diferenças tanto das circunstâncias, como das opiniões de cada um, e isso foi legal para alimentar mais e mais a conversa e a possível exploração da nossa relação em cena, com o que nos é sugerido em uma situação dramática em termos de rubrica!

Passamos o informe sobre a reunião geral de pais em 23/05/09 no teatro do CÉU onde temas importantes e fundamentais estão na pauta


Régis

terça-feira, 19 de maio de 2009

Vamos remando, rumo a novas emoções e sensações, com ânimo e em frente!!!

Ao contrário da semana passada, a turma teve um encontro totalmente diferente, estavam mais presentes, mais atentos, com mais gana de participar, aproveitando a cada momento, e percebia-se um frescor no ar, um bem estar, como se estivessem nas salas de suas casas, muito à vontade.


A cada estimulo cada um deles dava o que podia em prol do aprendizado. E o melhor, cheios de bom humor e diversão, que é a melhor forma de se aprender teatro.Claro que ainda tinham um pouco de dispersão e um excesso de falação, por parte da empolgação, mais estavam sentindo-se muito bem, além do que trouxeram mais uns quatro amigos que anteriormente também tinham aparentemente desistido das aulas.


Praticamos um aquecimento variando estados emocionais, impulsionados pela respiração, causando alteração no estado corporal, e assim simulando situações fictícias, vivenciaram na experiência física as mudanças que nossos corpos sofrem a medida que as nossas emoções se alteram.Praticamos essa mesma mudança de alteração de sensações no exercício do vendedor e do cliente, onde o estado proposto pelo cliente contagia o vendedor e assim como um espelho se percebe no outro seu estado.


Assim, ficaram atentos a observação, olhar, ouvido, expressão do outro na face, no corpo, no olhar, e conseqüentemente todos esses estados no seu próprio ser.Na sequência voltamos a praticar a mesma cena da semana anterior, agora um pouco mais ampliada por termos mais alunos desta vez, e as práticas anteriores do início da aula, só ajudaram no aquecimento para a cena.


O que estamos vivendo nesse momento delicado onde a turma quase se esvaiu, e agora com essa injeção de ânimo, aproveitam mais a aula e percebem o quanto na real a arte pode transformá-los, está sendo imprescindível.E assim segue o barco.

Régis Santos.

domingo, 10 de maio de 2009

Segundo tempo da partida e uma nova fase!!

No primeiro tempo da partida de hoje fizemos uma revisão geral de todos os conteúdos praticados em seis meses de trabalho, nosso "primeiro tempo" . Através de um texto que preparei com a síntese de todas as matérias que foram trabalhadas. Após todos copiarem, discutimos o que compreenderam destes temas, e foi muito produtivo.
Porém, no meio da primeira parte desta aula, com mais de 30 minutos de atraso, chegaram mais três alunos, rapazes, que já chegaram, desanimados e decididos, dizendo:
- Viemos pra dizer que não vamos vir mais. E assim começou um longo trabalho que troca de idéias que conduzi, propondo que de forma tranquila e franca, eles se abrissem e me dissessem o porque desta desistência, eles a princípio diziam terem um novo trabalho e senti que não era verdade, e depois de mais uns 40 minutos de papo, explanando sobre a importância de jovens aproveitarem as oportunidades de crescimento como seres humanos, que usufruam o que merecem e que lhes é de direito e que quando essas oportunidades aparecem; podemos e devemos aproveitá-las! Temos que agarrá-las!
Depois do papo, li para eles um diálogo, entre o Eu a e Criatura, do Livro O manual do Ator, Seis lições de um Mestre de Teatro, de Richard Boleslavski, um discípulo do russo Constantin Stanislavsky. Nesse diálogo o mestre de nome (Eu), dizia a (Criatura), sua aluna, uma estudante de teatro; o sentido da Arte, a importância de amarmos nossas escolhas de forma plena e verdadeira, e os lembrei que estão ali, naquela sala de aula por opção, não existe nada, nada além da iniciativa deles mesmos de estarem neste programa, o PIA. Daí pra frente foi ótimo, nos entendemos. rsrs!!
Como dizem eles, ficaram amarradões e entenderam, cresceram bastante naqueles 40 minutos, talvez muito mais que em muitas outras horas na vida. Criamos uma outra cumplicidade também e fomos realmente todos, ao segundo tempo do nosso jogo.
Após o intervalo, colocamos em prática em uma só cena, com a participação de todos os alunos, uma cena com todos os elementos estudados presentes: Variações de planos, foco, estados físicos, glaichinaider, e estados emocionais em sensações, que também podemos chamar de rubricas.
Após várias repetições, foram melhorando os itens não alcançados através de estímulos propostos e provocados por mim, seguiram a cada refazer de forma deliciosamente mais madura entregue e divertida.
Ao término, após o horário meio estourado, pedi, que fizessem uma narrativa escrita de toda a cena, decupando detalhe a detalhe, as falas, intenções, marcas e estados propostos, e eles ficaram em turma de forma coletiva e harmônica desenvolvendo este trabalho de mesa com cadernos e canetas a postos.
Foi um segundo tempo show de bola.

Régis Santos

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Leitura para crescer, esclarecer, evoluir e compor cenas!


Nesta semana tivemos uma aula na biblioteca, onde podemos investigar conceitos de teatro e dança, observações sobre o corpo e voz; enfim, sobre esse indispensável instrumento de trabalho de atores e bailarinos.



Pesquisamos livros de anatomia para melhor explicar as funções da respiração que tanto praticamos em sala, lemos também sobre os conceitos de concentração, suas benéfices e os avanços que causam em quem pratica. E por fim tivemos acesso a livros de teatro (dramaturgia), romances literários, poesias, contos e crônicas, onde pudemos deixá-los bem a vontade, quanto a leitura livre para observarmos seus gostos e buscas.



Após essa última etapa de leituras, propusemos que escolhessem trechos que quisessem, e propomos trazerem para a próxima aula, uma proposta de como falar os tais textos, utilizando as técnicas lidas e já estudadas em sala de aula.



Depois trabalharemos esses mesmo trechos, para que tornem-se cenas dando ênfase no trabalho corporal e verbal, dentro das vertentes que foram propostas até agora nas aulas feitas neste primeiro semestre de atividades.




Ao término, escolhemos uma trecho de uma poesia sobre o corpo e a dança, e propus que eles lessem para a professora Virginia, em homenagem e despedida, por este ter sido seu último encontro como arte-educadora com os jovens. Foi uma carinhosa despedida.


Saudações.

Régis e Virginia