domingo, 10 de maio de 2009

Segundo tempo da partida e uma nova fase!!

No primeiro tempo da partida de hoje fizemos uma revisão geral de todos os conteúdos praticados em seis meses de trabalho, nosso "primeiro tempo" . Através de um texto que preparei com a síntese de todas as matérias que foram trabalhadas. Após todos copiarem, discutimos o que compreenderam destes temas, e foi muito produtivo.
Porém, no meio da primeira parte desta aula, com mais de 30 minutos de atraso, chegaram mais três alunos, rapazes, que já chegaram, desanimados e decididos, dizendo:
- Viemos pra dizer que não vamos vir mais. E assim começou um longo trabalho que troca de idéias que conduzi, propondo que de forma tranquila e franca, eles se abrissem e me dissessem o porque desta desistência, eles a princípio diziam terem um novo trabalho e senti que não era verdade, e depois de mais uns 40 minutos de papo, explanando sobre a importância de jovens aproveitarem as oportunidades de crescimento como seres humanos, que usufruam o que merecem e que lhes é de direito e que quando essas oportunidades aparecem; podemos e devemos aproveitá-las! Temos que agarrá-las!
Depois do papo, li para eles um diálogo, entre o Eu a e Criatura, do Livro O manual do Ator, Seis lições de um Mestre de Teatro, de Richard Boleslavski, um discípulo do russo Constantin Stanislavsky. Nesse diálogo o mestre de nome (Eu), dizia a (Criatura), sua aluna, uma estudante de teatro; o sentido da Arte, a importância de amarmos nossas escolhas de forma plena e verdadeira, e os lembrei que estão ali, naquela sala de aula por opção, não existe nada, nada além da iniciativa deles mesmos de estarem neste programa, o PIA. Daí pra frente foi ótimo, nos entendemos. rsrs!!
Como dizem eles, ficaram amarradões e entenderam, cresceram bastante naqueles 40 minutos, talvez muito mais que em muitas outras horas na vida. Criamos uma outra cumplicidade também e fomos realmente todos, ao segundo tempo do nosso jogo.
Após o intervalo, colocamos em prática em uma só cena, com a participação de todos os alunos, uma cena com todos os elementos estudados presentes: Variações de planos, foco, estados físicos, glaichinaider, e estados emocionais em sensações, que também podemos chamar de rubricas.
Após várias repetições, foram melhorando os itens não alcançados através de estímulos propostos e provocados por mim, seguiram a cada refazer de forma deliciosamente mais madura entregue e divertida.
Ao término, após o horário meio estourado, pedi, que fizessem uma narrativa escrita de toda a cena, decupando detalhe a detalhe, as falas, intenções, marcas e estados propostos, e eles ficaram em turma de forma coletiva e harmônica desenvolvendo este trabalho de mesa com cadernos e canetas a postos.
Foi um segundo tempo show de bola.

Régis Santos

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